Tudo sobre minha vida na Alemanha Áustria. Blog atualizado terças e sextas (e quando der)!

Imaginem se um gringo estivesse no Brasil e uma mulher nua entrasse no metrô. Há duas semanas, uma mulher aqui em Viena achou que seria legal entrar no metrô usando somente botas. Reportagem em alemão aqui e em português aqui.

Este post poderia ser até um "Ah, se fosse no Brasil" duplo. Afinal, quem não viu na internet sobre a Escola Austríaca Internacional do Sexo aqui em Viena? O curso consiste em aulas teóricas sobre sexo e o dever de casa? É em dupla. (pegou o trocadilho?) Para quem não viu, a matéria está aqui (português). Eu disse que poderia ser um post duplo, caso este curso existisse. Na verdade, a reportagem foi divulgada em dezembro de 2011, mas como vi só esses dias pelo facebook, decidi escrever sobre ele hoje porque achei a crítica bem interessante. Primeiro, saibam que esse curso é uma invenção de um grupo chamado The Birdbase. Eles inventaram também a faculdade - que tem até site! - porque queriam fazer uma crítica ao problema da educação inadequada, como se esta graduação pudesse ser possível no futuro e também ao sistema previdenciário austríaco. Quando questionaram o grupo o motivo pelo qual uma Escola do sexo seria o símbolo do problema previdenciário, eles responderam: "Porque se os políticos não fizerem nada para solucionar o problema das pensões, nós precisaremos fazer mais sexo para termos mais filhos e, assim, nossos filhos garantiriam o funcionamento do sistema"

Como disse, achei interessante!

Beijos, queridos!

P.S.: Chevone, obrigada por ter curtido a página no facebook! :D

Olhem a situação: voltando da Alemanha, esperando o trem para Viena na estação principal de Salzburg e preciso comprar algo. Lá na estação mesmo tem um supermercado chamado Spar. Grandinho, preço normal, tudo estaria lindo se não fosse a fila de 330km na frente de cada caixa. Gente, eu ia perder o trem se tivesse que enfrentar a fila. Perceberam que eu não enfrentei, né? Calma, queridos! Eu passei à frente de quase todo mundo, mas sem peso na consciência nenhum. Explico: acho que lá no mercado só tinha turista e ninguém que estava na fila, imagino eu, sabia falar alemão. Pergunta que não quer se calar: será que eu virei vidente? Não! Existe uma explicação mais plausível para eu afirmar que ninguém sabia alemão. Ao lado dos caixas com suas filas de 900 km, tinha um aviso gigante escrito: "Express Kassa - Schnell und Einfach" e não tinha quase ninguém!! Ok, você não precisa saber alemão para imaginar o significado de "Express Kassa", mas e o resto? Ninguém arriscou seu lugar na fila para tentar passar suas compras nessa "express-sei-lá-o-que" sozinho. Sim, digo sozinho porque nesses caixas especiais não tem nenhum funcionário do mercado. Você passa suas compras sozinho, paga, retira seu comprovante e adeus! Vai dizer se não é um sonho?

Corri para lá e tinha só um rapaz na minha frente! Felicidade me definia. Tirei umas fotos com o celular e vou falar logo que ficaram muuuuuuito péssimas porque, gente, o caixa é rápido. Quem já veio para Alemanha/Áustria, sabe que se você demorar, povo chama sua atenção mesmo! Não falo demorar 3 minutos não! Os alemães e austríacos não têm esse tempo. Se você parar para pensar se vai pagar em dinheiro ou em cartão, já é o fim do mundo para a pessoa que está atrás de você. Europeus - levando em conta minha experiência na Alemanha e Áustria - acham que você já deveria ter pensado na forma de pagamento quando você estava na fila. Quando chegar sua vez, já tem que estar tudo decidido ou então todos os olhares estarão em você.

Enfim, vou postando as fotos e falando como funciona, ok? Antes tarde do que nunca: "Express Kassa - Schnell und Einfach" significa Caixa express - rápido e fácil!

A máquina é assim (na tela tem todas as instruções):

Você primeiro passa o produto no leitor, depois você tem que apoiar este produto em uma mesinha ao lado e fazer isso até acabar sua compra. Passar no leitor, apoiar na mesinha.

Depois disso, só pagar e pegar o recibo (papelzinho perto da caixa vermelha na foto abaixo):

A numeração é para facilitar a explicação feita na tela. (1) passar no leitor; (2) não dá para ver na foto, mas era a mesinha onde seriam apoiados os produtos depois de computados; (3) pagamento - em moeda (meia circunferência na foto), em cartão (setinha ao lado do número 3) ou dinheiro (embaixo da setinha de cartão). Extremamente fácil e rápido mesmo, né? Um sonho! Se tiver difícil de enxergar, clica na foto que ela aumenta um pouco!

Para quem tiver curiosidade: a mesinha que tem o número (2) é como se fosse uma balança, então se você passou uma lata de milho e um refrigerante de 2L, a mesinha calcula que o peso deverá estar em torno de 2,3kg. Se alguém trocar o código de barra do refrigerante de 2L por um de 600ml para pagar menos e dar uma de espertinho, o que foi computado será diferente do peso e aí esse alguém não foi tão espertinho como ele imaginava. Muito legal, né?

Em alguns supermercados, a mesinha não existe. Você tem que passar os produtos no leitor e colocar direto no saquinho plástico, que fica apoiado em dois ganchos - cada alça em um - então fica bem prático para colocar as compras no saquinho, já que ele estará praticamente aberto. E aí? Onde fica a balança do segundo tipo? Nos ganchos que seguram o saquinho!

Para completar a beleza: o Spar da estação de trem principal de Salzburg abre aos domingos e feriados das 8 da manhã às 23 horas!

Só eu acho isso genial?

Beijos, queridos!

P.S.: Roberta, agradeço muito por ter curtido a página do Scho Schee no facebook, viu? :D

Como já havia dito, estava com um projeto em andamento. Finalmente chegou o dia de falar para vocês o que é!

Tento sempre responder rapidamente todos os e-mails que recebo e quando me perguntam algo que não sei responder, pesquiso antes para não enviar informação equivocada e faço isso com prazer.

Por empatia e alegria em ajudar o próximo, nasceu a "Sair pelo Mundo". Meu intuito é ensinar tudo o que for necessário para quem se mudar para Viena - seja provisoriamente (estudantes) ou não - se adapte à cidade o mais rápido possível. É ruim não saber os costumes da nova cidade, a língua, onde comprar algo, o que é o que no supermercado... Eu sei de tudo isso porque eu senti o que é passar por isso e se eu pudesse ter contado com alguém para me ajudar, teria sido muito mais fácil!

Vai se mudar para Viena a estudo ou a trabalho e fala português? Se preocupe só com as malas. O resto, pode deixar comigo!*

Também faço roteiros para algumas cidades da Europa e do Brasil. Importante falar que não faço roteiros para qualquer lugar do mundo porque optei pela qualidade do meu trabalho, então só faço para cidades que eu conheço pessoalmente.

Se quiserem reserva de hotel, ingressos para ópera e eventos diversos em Viena, podem falar comigo. No final de semana farei um blog para a Sair pelo Mundo e sempre vou postar detalhes dos serviços, os eventos que acontecerão, as promoções... Deixarei vocês a par de tudo!

Espero que vocês gostem. Foi tudo feito com muito carinho. De verdade. :)

Beijos, queridos!

Conforme prometido, um assunto feliz para tirar um pouco o sentimento ruim do post de ontem. Quer assunto melhor do que uma boa comida? :) Em vários lugares de Viena têm filiais de um restaurante chamado Akakiko. É japonês, mas não é só de sushi ou alimentos crus. Eu gosto muito de lá, mas não posso falar sobre os sushis, sashimis e etc, porque não como quando tem peixe cru. Eu gosto de yakissoba e todas as combinações de carnes e vegetais ou frutos do mar e vegetais.

A filial na Mariahilferstraße é a melhor: fica no topo de um prédio e a vista que se tem para a cidade é incrível! Ah, o pessoal do Akakiko parte do princípio que todo mundo sabe comer com Hashi (palitinhos), então se você não tem o dom de usá-los - como esta blogueira que vos escreve - é só pedir por talheres.

Os preços são ótimos - já pedi um prato com camarão e legumes por 9,8 euros - e são fartos. No cardápio algo me chamou atenção: estava escrito que no site deles tem várias receitas! Hoje entrei para colocar aqui no post e pasmem: não só tem receitas no site como em algumas há também um vídeo no youtube explicando como se prepara! Para ver o vídeo, só clicar no "youtube" logo abaixo da descrição do prato. Eu cliquei no primeiro link só para ver como é e vou falar que a música de fundo escolhida, é de ninar: quase dormi com a cara no teclado, mas não vamos nos ater aos detalhes, até porque um restaurante colocar suas receitas escritas e com vídeo no site não é normal.

Uma foto do restaurante (terraço!):

Agora o prato de camarão e legumes que falei no início:

Estava maravilhoso, mas pode ser que você não consiga pedir este prato quando você for, porque o menu muda sempre. Acho fantástico! Onde eu morava na Alemanha, tinha um italiano lá que nunca mudava o menu. Gente, quando Schatz chegava em casa e falava para gente jantar lá, no caminho eu já ia pensando no que eu pediria, já que eu sabia o cardápio de cor. Por isso eu amo o fato do Akakiko mudar os pratos com frequência. Traumatizada me define.

Ainda estou navegando no site deles e olha que demais: lá tem um link chamado "Reclamações" com um formulário para você falar o que e quando aconteceu, o nome do garçom... Outro chamado "Elogios" para você dizer o que gostou. Adorei tudo! menos o desenho da logo. Parece uma mistura de manequim de loja + Chuck.

Mudando de assunto, sexta é feriado na Áustria, gente! Felicidade reinando! Só não estou mais feliz porque vejam se eu aguento a previsão do tempo para o sábado: chuva e NEVE. Neve. No outono. Se não tiver post na terça que vem, vocês podem se preocupar! Vamos fazer um projeto chamado: "Sobreviva, Letícia!" ou "Força, você consegue!"? Ok, o nome precisa ser melhorado. Ah, por falar nisso, há um mês ou quase dois, falei que estava com um projeto, se lembram? Amanhã vocês saberão o que é. :)

Beijos, queridos!!

P.S.: Ralf Wokan e Luciano Martins, obrigada por curtirem a página do Schoschee no facebook! :))

Final de semana Schatz e eu viajamos para Linz, que fica mais ou menos 1:30h distante de Viena. É uma cidade relativamente pequena (em torno de 200 mil habitantes, salvo engano) e bem charmosa. Enns é uma cidade suuuper antiga (de 1212), próxima a Linz, também super charmosa. Eu não aconselharia passar vários dias em nenhuma dessas cidades, tanto é que só ficamos 2 dias e 1 noite e foi o bastante. Estávamos com carro em Linz, o que é ótimo, porque é a primeira cidade europeia que vejo onde não tem metrô.

Sexta-feira foi o final de Avenida Brasil, né? Aproveitei que estava sem sono - energético sabor novela: eu aprovo! - e vi o último capítulo ao vivo pela internet. Dormi umas 4:30 da manhã e o trem saía no sábado às 10:41. Acordei 10:00 e nem tinha arrumado minhas coisas ainda. A nossa sorte é que eu sou um furacão e quase deu tempo de pegarmos o trem que havíamos programado. Estou contando isso para vocês saberem que saímos tão na correria que esquecemos apenas de uma coisa: a máquina fotográfica. Quem nunca viajou e esqueceu o mais importante, não é mesmo?

Em Linz ficamos em um hotel chamado Arcotel Nike Linz. Está super bem localizado, as fotos são bem próximas do que é realmente e gostamos muito. Nosso quarto tinha vista - maravilhosa! - para o Danúbio. O café da manhã não está incluso na diária e custa 20 euros por pessoa. É caro, mas é farto, com vários bolos, pães, geleias e até suco de laranja feito na hora (tem a máquina em cima da mesa e ao lado, várias laranjas cortadas ao meio. Só pegar e fazer seu próprio suco). Para quem achar caro, é possível pegar o café da manhã classic: 7 euros por pessoa, com dois pães, margarina, geléia, uma bebida quente e um pratinho de frios (queijo, presunto, salame...). Ah, quem for com carro, o estacionamento do hotel também é pago a parte, mas tem um gratuito ao lado do hotel. Se der sorte com vaga - no final de semana é tranquilo - aconselharia deixar lá!

Em Linz tem Alm - essas casinhas em cima da montanha, no meio do nada! - e, gente, que lugar mais lindo! Amei! Eu sou fã de Alm, tanto é que tem várias aqui no blog, mas este é especialmente bonito. O dia estava maravilhoso, com sol... Foi lindo!

Algumas fotos do Eidenberger Alm:

Depois de almoçarmos lá, deixamos o carro no estacionamento próximo ao hotel e fomos caminhar um pouco no centro da cidade (andamos um pouco mais de 5 minutos até chegarmos ao centro). À noite jantamos em um italiano muito gostoso e voltamos para o hotel. No dia seguinte, fomos até Mauthausen, 20km distante de Linz, onde fica o principal campo de concentração da Áustria. Vocês sabem que eu já conhecia o de Berlim, o que não é nada comparado com o de Mauthausen. Em Berlim não tem quase nada. Só os espaços delimitados... Então era mais ou menos assim: "Aqui ficavam os fornos, aqui a câmara de gás" e todo mundo ficava só no "Ó, meu Deus!" imaginando como deveria ser. Gente, no de Mauthausen é... Sei lá.. Não tenho palavras, sinceramente. Está tudo lá. Você vê como era tudo. É interessante, claro, mas dá muita tristeza. De verdade.

A entrada:

Essa foto foi tirada bem na frente. O campo em si, é gigante. Tirei uma foto que ficou ruim, mas colocarei aqui só para vocês terem uma ideia do tamanho:

Quem ficava na torre tinha visão panorâmica, é claro. Lá de cima, tirei uma foto. É difícil acreditar que um lugar tão macabro fique em uma região tão bonita:

Neste lugar, no pátio, os prisioneiros tinham que se apresentar para contagem 3 vezes por dia. Às vezes, completamente nus.

Em cada galpão desses, ficavam 2 mil prisioneiros:

Prisão onde ficaram 4.600 homens e mulheres (alguns famosos da época). Deles, 4.200 foram mortos.

As próximas fotos são, para mim, dos piores locais. As duas primeiras fotos são da câmara de gás e bem próximo a ela, tinha o lugar onde os prisioneiros eram mortos a tiro (terceira foto) e alguns poucos passos deste local, outros eram enforcados.

Na câmara de gás entravam mais ou menos 120 prisioneiros e eles demoravam entre 10 e 20 minutos para morrer. Cada um, antes de se dirigir à câmara, deveria tirar a roupa e passar por uma vistoria, onde os que tinham dentes de ouro eram marcados e, depois da morte pelo gás, ficaria fácil a identificação do corpo para retirada dos dentes de ouro. Foto de onde o dente era retirado:

Terminarei o post com duas fotos que dispensam comentários. A primeira é do forno e a segunda das camas. As beliches ficavam praticamente grudadas umas nas outras, afinal no quarto ficariam 2 mil prisioneiros.

Isso não é nem a metade do que acontecia lá, mas vou parar o post por aqui, ok? O próximo vai ser feliz, queridos! Prometo!

P.S.: para quem tiver interesse sobre o Eidenberger Alm, eles funcionam de quarta até domingo a partir das 7 horas. Endereço: Almstrasse 5. A-4201 Eidenberg - 14km de Linz, Áustria.

P.S.2: Marcela Kropf, obrigada por ter curtido o Schoschee no facebook! :))

Beijos!

Oi, queridos! Schatz e eu vamos viajar no final de semana para uma cidade aqui na Áustria mesmo e, como estou em clima de férias, decidi postar sobre uma viagem para Grécia que fizemos. Pior que eu ainda tenho que ir ao banco, comprar um trem que um amigo pediu e outras cositas más. Nem vou pensar nisso agora, senão o post não sai. Eu amo azul e branco e as casas gregas me encantam! Sabendo disso, maridão, que não é bobo nem nada, nos deu de presente de aniversário (o aniversário dele é uma semana depois do meu) uma viagem para Creta. Como eu não tinha blog ainda, não anotei nada sobre os restaurantes, cidadezinhas e etc, mas colocarei algumas fotos para não deixar dúvidas sobre o próximo destino da viagem de vocês.

No dia do meu aniversário alugamos um carro e viajamos por várias cidades pequenas e foi muito gostoso! Dirigir lá é loucura: estrada minúscula, cheia de curvas e mão dupla. Tirando isso, é uma maravilha!

Ficamos em um hotel sistema all inclusive maravilhoso! Dentro do hotel tinham 5 restaurantes temáticos. Uma dica: quando o hotel tiver restaurante temático, no dia que você chegar, já faça a reserva. Se deixar para depois, pode ficar sem, porque são poucas mesas (pelo menos na Grécia foi assim)! Reservamos um jantar no restaurante grego para conhecermos mais sobre a culinária do país. Eu acho que fui grega em outra vida. AMEI tudo. Muito queijo (o nome é Feta. AMO), tomate, azeitona... Paraíso!

Algumas fotos:

Decidimos pegar um barco e ir para Santorini. O trajeto Creta-Santorini dura 3 horas. Não sei o de vocês, mas meu estômago não curte barco. Não, gente. Não passei vergonha, mas confesso que cheguei verde lá. Juro para vocês que cogitei não voltar só para não ter que entrar no barco mais uma vez. hahaha

Em Santoniri tem aeroporto, mas disseram que o passeio de barco até lá é imperdível. E a ilha é famosa por ter o pôr-do-sol mais bonito da Grécia. De fato, é lindo. Ah, você acha que a história do estômago fraco acabou no barco? Quem nos dera! Ao se aproximar de Santorini, dá para ver uma montanha. A cidade é onde? No topo. Para subir, tem que ser de ônibus e a estrada é em ziguezague. Não sei como eu sobrevivi para contar a história para vocês.

Amo a próxima foto! Quase nem acredito que foi autoria minha, porque eu pego a máquina, vejo e aperto o botão. Não analiso muito! Deu certo!

Ok, o enjoo no barco compensou!

Beijos, queridos!

No sábado dia 6 de outubro aconteceu em Viena o Lange Nacht der Museen (noite longa dos museus). Este evento acontece, salvo engano, duas vezes por ano e funciona assim: das 18h até 01 da manhã você compra um ticket no valor de 13 euros e visita quantos museus você quiser/conseguir e o ticket vale ainda para um ônibus especial para o evento. O ônibus tem uma linha própria e as paradas são os museus. É só você descer em frente ao que você quer visitar. Atenção: tem mais de uma linha para o ônibus porque são muitos museus! Tem que tomar cuidado para não pegar a linha errada (que não passa pelo que você quer visitar!)

Schatz e eu participamos do Lange Nacht e gostamos muito! Quando compramos os nossos tickets - lembrando que é um por pessoa e ele vale para entrada em todos os outros - vi que tinha um livrinho com uma lista dos 121 museus participantes. Nós fizemos assim: olhamos e marcamos os que nos interessavam. Deles, marcamos os que a gente queria ver de qualquer jeito. Começamos por eles e aí, caso ainda tivéssemos tempo, continuaríamos a nossa lista. Conseguimos visitar três museus. Vimos todos os três direitinho e não nos preocupamos com a quantidade e sim, em ver o que os nossos escolhidos ofereciam.

Nossa primeira visita foi ao Museu de História Natural (Naturhistorisches Museum). Fabuloso!! Chegamos pontualmente às 18h e saímos de lá quase 21h! É imenso, mas vale muito a pena!

Em seguida, visitamos o museu do Freud. Todo turista ama falar que veio pra Viena e conheceu o consultório do Freud. Posso criar polêmica? Achei muito bobinho. Vimos tudo em 30 minutos. É bem pequeno e para quem for, fica a dica: não dá para ver sem o guia em áudio! Se você não pegar o guia, você só vai ver parede com foto e um pouco das coisas que ele colecionava. Tem que pegar o áudio para saber a história! Para este dia da noite longa dos museus, a cada 10 minutos tinha um tour guiado todo em alemão, mas, como disse, também tem o guia em áudio (tipo um walk and talk - quem não se lembra do "uóquitóqui", gente?) em outras línguas.

Como o museu do Freud era pequeno, deu tempo para irmos em um que eu queria ver a tempos: Secession. O prédio, por fora, já me encantava! Joga "secession vienna" no google imagens e veja se eu não tenho razão! Lindo demais. A cúpula é linda! Enfim, estava doida para ir. Fomos. Só digo uma coisa: peço desculpas até hoje por ter pedido pra ir lá. Não gostei de jeiiiiiiito nenhum. Marido também não! Entramos e era um salão imenso com uns 5 quadros pendurados. Sério. Só tinha isso no primeiro andar. Fomos ao segundo andar: um vídeo só com imagens e um som de batuque. Não, não era um batuque legal. Reproduza o som em casa: só bater o dedo na caixa de fósforo e deixar uma moeda cair no metal. Mais uma vez. Mais uma vez. Você acha que mudava depois de algum tempo? Não, querido leitor otimista! Era isso o tempo inteiro enquanto passavam fotos doidas no telão. Povo entrava, olhava, o queixo caía de desgosto e saía. Schatz e eu aguentamos a tortura por uns 5 minutos. Depois, fizemos o mesmo: saímos. O lado bom disso tudo é: as exposições são temporárias, né? Oremos para a próxima ser melhor! Se você clicar na palavra "Secession" no início deste parágrafo, vai entrar no site do museu. Só olhe as fotos da primeira página. Descrevi certinho ou não? É aquilo ali, minha gente!

Falei que fomos em três museus porque não contei o Secession como uma ida válida. Para vocês terem noção do quanto foi ruim. Enfim, fomos ao Technisches Museum (Museu técnico). Schatz já quer comprar o ticket anual do museu, sonhando em levar os filhos lá para explicar tudo para eles. É bem legal porque mostra como acontecem as coisas. Por exemplo: como funciona um gerador e várias outras coisas. O interessante é que é um museu interativo! Você aprende como funcionam várias coisas nas maquetes ou objetos reais. Difícil explicar, mas muito interessante. Sabe Feira de Ciências da escola? A ideia é a mesma. A diferença é que você pode mexer nas maquetes dos outros amigos e nenhum será um vulcão feito com bicarbonato de sódio e vinagre. É muito bom! Você que é ou tem um marido ou mulher/namorado(a)/companheiro(a)/amigo(a) nerd vai adorar! Uma hora da manhã fomos gentilmente expulsos do museu e foi uma noite incrível!

Agora chega, né, gente? Falo demais, credo!

Beijos, queridos!

Pode parecer estranho o título do post, mas quero escrever hoje sobre como tomar chá. É algo que pode parecer óbvio para alguns, mas com certeza tem gente que não sabe. Antes de começar, quando você for pedir chá na Alemanha ou aqui na Áustria mesmo, alguns lugares perguntam se você quer limão ou creme para colocar. Eu peço limão sempre! Sou daquelas que não precisa experimentar chá com creme de leite para saber que não vai gostar, sabe? Não tomei e não gostei.

Quando Schatz, eu e minha sogra fomos para a Alemanha, tomamos algo no final da tarde no Reber em Bad Reichenhall e tirei algumas fotos para mostrar como se tira o excesso do saquinho de chá. Como disse, sei que parece óbvio, mas no Brasil eu não tinha o costume de tomar essa bebida, então sem vergonha nenhuma digo que aprendi quando me mudei para cá.

Meu pedido chegou! A foto está essa beleza toda porque éramos 6 pessoas bebendo e comendo, ou seja, a mesa mal tinha espaço para acomodar um chocolate M&M e a foto foi tirada de celular - como sempre. Prometo um dia melhorar isso. :)

Depois de respeitar o tempo de imersão, você apoia o saquinho do chá na colher. Assim:

Depois você pega a cordinha e dá uma volta na colher, dando uma leve pressionada:

Feito isso, é só colocar a quantidade de limão que você quiser e beber!

Prontinho! Uma vida de glamour está lançada(?)! Falo novamente: eu sei que muitas pessoas devem saber disso, mas aprendi há pouco tempo. Como aprendi também a cozinhar, que minhas roupas não surgem passadas e cheirosas dentro da gaveta em um passe de mágica... Vivendo e aprendendo!

Bom feriado, queridos!

Frequentemente me perguntam se vale a pena morar fora. Se você for flexível, gostar de conhecer culturas diferentes e tiver pique para começar tua vida do zero, vale a pena sim. Estas são as características de pessoas que provavelmente passarão pelas épocas difíceis, mas isso não significa que será sempre o melhor lugar do mundo. Conhecer o mundo é lindo, mas não é fácil.

Eu faria tudo novamente. Eu amo alemão, acho que é uma língua que tem tudo para ser feia por não ter melodia, por ter palavras gigantes e se em qualquer outra língua você escutar um "eu te amo", você identifica na hora e suspira, mas em alemão... "Ich liebe dich" causa emoção em pessoas normais? Nenhuma! E mesmo assim, acho lindo. Sempre gostei!

Conhecer culturas diferentes é uma alegria imensa para mim. Schatz e eu gostamos de lugares desconhecidos. Quando viajamos para cidade conhecida, já procuramos um restaurante sem turistas, só com nativos e fazemos questão de comer por lá. Sempre tivemos sorte! Em Praga, fomos a um restaurante que nem as garçonetes falavam inglês. Foi lá onde aprendemos uma palavra nova em Tcheco: "Pivo", que significa cerveja. O cardápio, todo em tcheco, pedimos na sorte. Éramos 5 pessoas, todos com pratos diferentes para cada um experimentar do outro. Amamos!! Ah, para quem não sabe, a moeda de Praga não é euro! Além de ser uma cidade super interessante, hotel e restaurantes são bem baratos. Quem não conhece ainda, fica a dica!

Outro ponto positivo de morar fora, especialmente na europa, é poder passar um final de semana em outro país! Eu morava na Alemanha e fazia curso na Áustria. Comprava coisas para a casa na Áustria também. Hoje, morando em Viena, posso ir e voltar no mesmo dia para Eslováquia - fica uns 50, 60km distante daqui. Isso me fascina!

Agora os pontos negativos: ficar longe de família, amigos, perder aniversários, natal, ano novo, almoços de domingo, perder a queda do primeiro dente de leite da sua prima por quem você tem um amor incondicional, perder o nascimento da filha de uma super-tia... Eu sou louca pela minha família e tenho que ficar longe de todos. Tenho que ver meus pais e irmãos doidos para me ver no natal e falar que não poderei ir este ano. Minha super-tia fala que sou feita de açúcar e eu não vou poder ser tão presente para a filha dela como fui para as outras primas. É pesado, gente. Não é fácil não!

Sem falar da outra prima que é a pessoa mais engraçada e criativa do universo! Ela inventa piadas, escreve em um papel e coloca na porta do quarto. Toda semana uma piada nova. Ainda escreve um livrinho de poemas! Me divirto horrores!!

Ontem foi aniversário do meu avô. Eu liguei para dar os parabéns e meu amorzinho de 6 anos atendeu ao telefone. Olha a conversa:

Ela: "Ah não, Lelê... Eu queria que você tivesse em Brasília sexta-feira junto com a Cacá! Ia ser tão bom!" (Minha irmã, Cacá, mora em Buenos Aires, mas vai passar o feriado em Brasília e minha priminha, que é goiana, vai para lá).
Eu: "Eu também queria, Nana... Mas fica complicado agora..."
Ela: "Sabia que eu tenho um amigo que mora na Áustria também? De que cor é a casa ao lado da sua?"
Eu: "Bege!"
Ela: "Mentira! A casa dele também é bege! Tem mais alguma coisa na frente da casa? Um portão... Alguma coisa?"
Eu:"Não, não! A Lelê mora em prédio!"
Ela: "N-ã-o acredito!! Ele também! Ele passa na frente da sua casa todos os dias! Vou pedir pra ele dar carona para você vir pra Brasília, tá bom?"

Pergunta de prova, gente:
(ITA 2012) Como eu consigo ficar longe de uma coisa fofa dessas?

Nessas horas dá uma dor no coração e aí é só focar nos pontos positivos que o coração se acalma (não passa, só acalma). É estranho isso, mas mesmo com essa dorzinha constante no peito, você sabe que está exatamente onde deveria estar. Simples assim.

Hoje não vou escrever muito, acreditem! O post será só de fotos deste lindo palácio chamado Schönbrunn, conhecido carinhosamente por nós e pelas nossas visitas como o jardim de casa.

Semana passada fui conhecer o interior do Palácio com uma leitora do blog que veio para cá e entrou em contato comigo. Ela se chama Anna e é um amor de pessoa! Chegamos lá e vimos que são vendidos 3 tickets diferentes: o Grand Tour (demora em torno de 50 minutos, custa 13,50 euros e você conhecerá 40 cômodos - preço inclui o guia em áudio!), Imperial Tour (em torno de 35 minutos, custa 10,50 euros e 22 cômodos) ou o Classic (custa 16,50 euros, conhecerá os mesmos 40 cômodos do Grand Tour, além do jardim do príncipe, o labirinto e poderá subir na Gloriette). Nós escolhemos o Grand Tour porque para ir até a Gloriette é gratuito. Subir é pago. Pense como se fosse um Arco do Triunfo! Os jardins são lindos e gratuitos, só o do príncipe que é pago, então não sei até onde vale a pena comprar o Classic que, aliás, pelo nome dá impressão de ser o bilhete mais simples, mas é o mais caro!

Ah, jovens até 18 anos têm desconto! Você só precisa falar a idade e mostrar o passaporte.

Agora vamos para as fotos porque eu estou toda doida hoje! Tenho um casamento agora à tarde para ir e tenho que me organizar!

Gloriette ao fundo!

Beijos, queridos!

P.S.: Petra, obrigada pela curtida no facebook! :)))

Semana passada teve no Museumsquartier um projeto para incentivar a leitura. O quadradão entre o Leopold Museum e o Mumok estava cheio de puffs, redes(!) e com algumas estantes de livros. Aliás, para quem não sabe, Brasília também incentiva a leitura e em várias paradas de ônibus espalhadas pela cidade se encontram estantes com livros. Você pode pegar para ler enquanto espera o ônibus, pegar e devolver depois e até mesmo colocar na estante aquele livro que você já leu mil vezes e está sem utilidade na sua casa. Acho lindo isso!

O daqui de Viena foi assim:

Até um stand com cafezinho tinha lá no meio (onde a moça de amarelo está):

No post de ontem eu escrevi sobre o último andar do Mumok ser reservado para crianças (e pais) se divertirem, mas não sei se era algo temporário (somente para o período da exposição) ou se era permanente. Caso seja mesmo temporário, nem tudo está perdido, queridos pais e mães! Vocês podem deixar o(a) mini-querido(a) no Zoom, um museu para crianças de 6 a 12 anos (as menores não podem porque a exposição é interativa. O nome em alemão é Zoom Kindermuseum) localizado também no Museumsquartier. O Kindermuseum estava fechado até o dia 27 de setembro para preparar a nova exposição. No dia 28 de setembro começou com o programa de outono e é sobre família! O museu para crianças funciona de terça a sexta das 8:30 às 16h; sábado, domingo, feriado e férias das 9:45 até 16h e férias de verão de 12:45 até 16:30. A entrada é gratuita para crianças e adultos pagam 4 euros.

Para as crianças menores também tem diversão:

Esse espaço é destinado às crianças com altura até 1,40m. Os brinquedinhos estão sempre lá e está aberto das 10 às 20h, mas só em dias bonitos (verdade isso!). Eles pedem para tomar cuidado com as plantas, por serem todas naturais.

No Palácio Schönbrunn - e em vários outros - também tem museu para crianças!

Bom final de semana, queridos!

Pedido especial: em comemoração ao dia (pausa para pesquisar no google o que é comemorado hoje) da Pequena Empresa - juro! Pode ver no Wikipedia! - você, querido leitor que curte meu blog, curta também no facebook ali do lado, vai! :) Dê uma força à sua tímida blogueira! Ah, eu não gosto quando alguém me chama para jogos, para milhares de eventos e tudo mais, poranto, faço uso daquela frase-clichê-básica-para-qualquer-convivência: "não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você". Caso você curta a página do Schoschee no facebook, você só receberá os posts publicados e nada além disso! Obrigada!

Museumsquartier é famoso aqui em Viena. Bem movimentado por sempre ter algumas apresentações, exposições, desfiles... Quando eu fui teve um desfile de moda - que não cheguei a ver - e tem umas peças do lado de fora que eu acho muito interessante. Tirei foto e vou falar delas também. De um lado do Museumsquartier (é tipo uma ilha dos Museus que tem em Berlim, por exemplo. A diferença é que aqui a ilha é pequena: tem dois museus. Os outros milhares ficam espalhados pela cidade) é o Leopold Museum:

E do outro lado fica o Mumok, museu de arte moderna:

Estas são as peças das quais falei no início do post:

Acho muito legal! No verão as cores são fortes (geralmente tem três cores diferentes) e são viradas pra cima, para pessoa se sentar, curtir o sol, estudar, ficar no laptop, ler um livro, qualquer coisa. Sempre está cheio! No inverno, as peças são viradas para baixo (parecendo um iglu) e as cores são frias também. Bacana, né? UPDATE: não é mais assim. No inverno as peças são retiradas!

Domingo passado foi Tag der offenen Tür do museu Mumok. Isso significa que a entrada seria gratuita só por esse dia. Schatz e eu fomos pela primeira vez porque não somos fãs de arte moderna, mas tem coisa mais linda e cativante do que a frase: "gratuito só por hoje"? Não tem! Fomos. Gente, agora eu digo com certeza que eu não gosto de arte moderna e ó, não gosto com força. Era permitido tirar foto sem flash lá dentro e captei umas coisas muito fofas - só que não:

Me esqueci de contar que o tema era moda. Quando eu vi, achei... é...peculiar, mas depois eu interpretei como crítica às mulheres que são escravas da moda e achei legal, mesmo sabendo que não era isso que o(a) artista queria passar. Cada um interpreta como achar melhor, né não? Até porque precisei inventar alguma coisa para melhorar a primeira impressão que deixou.

Agora este daqui vocês vão pirar:

O nome da obra é "O sapato grávido". Gargalhadas sem fim.

O melhorzinho foi este daqui:

O pior é que é verdade. Eu já tinha visto tanta coisa lá, que eu passei a achar até legal uma cadeira-sapato. Afetou meu cérebro ou vocês também acharam?

Para quem tiver interesse em conhecer o Mumok e for com crianças, isso eu achei o máximo: tem uma sala no último andar para crianças (os pais também podem ficar) brincarem de artistas! Podem pintar ou criar algo também.

Espaço para as crianças:

No próximo post terá a segunda parte do Museumsquartier (do lado de fora. Sobre o museu da arte moderna já acabou)!

Antes tarde do que nunca: o ticket normal para entrar no museu da arte moderna é 9 euros!

Ahhhhh, já ia me esquecendo: esses dias li em algum site "Os 10 edifícios mais estranhos do mundo" ou alguma coisa parecida e um deles era o Mumok daqui de Viena! Eles acharam estranho porque tem uma casa de cabeça para baixo em cima do prédio, mas, queridos, era só uma das exposições do lugar, viu? Não é permanente! Tanto é que eu nunca vi e olha que eu rodei aquele prédio procurando a bendita casa de cabeça para baixo!

Detalhe para o comentário da revista: "Criada pelo arquiteto australiano Erwin Wurm, o prédio seria sóbrio se não fosse o detalhe da casa que parece ter sido arremessada do chão e presa de ponta cabeça. Um design louco chamado de House Attack." Conclusão: o prédio é sóbrio, porque a casa vocês sabem que era temporária. Quanto à loucura, concordo demais!

Beijos, queridos!