quarta-feira, 26 de junho de 2013

Encontro um pedaço do Brasil!


sexta-feira, 21 de junho de 2013



A querida Gersilene me mandou um e-mail perguntando se seria possível eu escrever sobre os costumes austríacos, assim como fiz com os alemães. Me lembrei de um infográfico que fiz para a Sair pelo Mundo e decidi colocar aqui também. Coloquei as características dos vienenses que eu observei até agora, mas assim que for vivenciando mais coisas, vou atualizando este post, combinado? Ah, é aquele mesmo esquema das fotos que posto no blog: se quiser ver maior, só clicar na imagem!



Já posso aumentar a lista, minha gente? Quando me mudei para cá, escutei de várias pessoas que os garçons são meio grossos. Em Viena não vale a ideia do "o cliente tem sempre razão". Eles falam o que pensam. Se o cliente vai gostar ou não de escutar, não importa muito para eles. Não, eles não perdem o emprego por isso. Demorei para vivenciar grosserias, mas tem uma que não engoli até hoje. Não pensem que sou rancorosa ou algo do tipo, o problema é que fiquei sem palavras e isso me irrita. Eu não gosto de ser rude com ninguém e tomo mesmo muito cuidado para não magoar ou até mesmo para não ser mal compreendida, então, quando alguém é rude comigo, assim, de graça, eu fico tão chocada que não falo nada. E convenhamos que tem gente que merece uma resposta das boa, né não?

Um dia Schatz e eu fomos até uma loja de coisas para casa. Precisávamos de um armário para o hall de entrada e queríamos um que tivesse sapateira porque vienense acha que é japonês (na Alemanha também é assim) e quando visitam a sua casa, eles tiram os sapatos na entrada para não sujarem. Quem recebe visita sempre tem pares de "Hausschuhe" - sapatos que só são utilizados em casa, parecem pantufas - para oferecer aos convidados. Ah, caso você seja o convidado, tente sempre perceber se é necessário tirar os sapatos ou não. Como você vai saber disso? Olhe para o chão e veja se perto da porta tem alguns sapatos. Se tiver, é educado tirar. Eu sempre tiro meio que em câmera lenta porque caso não seja necessário, o dono da casa vai falar que não precisa tirar. Se ele não falar nada, continue tirando. Se você estiver de tênis ou bota, sem querer ser sua mãe, mas, porfa: vá com uma meia bonitinha (leia-se: sem furos). Eita que eu já mudei o foco. Voltando para a história, nós fomos à loja só fazer pesquisa de preço e tal. Fomos sem intenção de comprar nada. Eis que de repente, não mais que de repente encontramos O móvel. Era ~apenas~ exatamente do jeito que a gente procurava, ou seja: compramos. Resultado: fomos de metrô e voltamos de táxi. Ao chegar em casa, percebemos que a gente tinha 5 euros a menos do que tinha dado o taxi (ê mania de andar só com o cartão!). Schatz me disse que subiria em casa para pegar os contos de réis(?) e eu respondi que estava com 200 moedas (risos) e seria uma boa chance para gastar. Ê, minha gente! Pode parar de pensar que eu dei tudo em moeda de 1 centavo. Ok, confesso que 1 euro foi, sei lá, uma mistura de moedas de 20, 10 e 5 centavos. O resto foi tudo de 50 ou 1 euro. O taxista soltou fogo pelas ventas! Ficou reclamando mesmo, na nossa cara (continue lendo o post e quando o taxista parar de reclamar, eu aviso!) Só sei que Schatz e eu ficamos sem reação. Sério, como falei antes, se fosse em moeda de 1 centavo, teria motivo mesmo, mas 4 euros em moeda grande... Não precisa ser gênio para contar. Estou certa ou certíssima? Ok, sacaneei no 1 euro em moedas 20, 10 e 5, mas nada de tão grave, oder? Fiquei muito mal, mas como era perto do ano novo, já fiz aquela promessa de: "2013 vai ser diferente". Estou só aguardando povo ser grosso comigo de novo. Já tenho até discurso pronto para diferentes ~modalidades~ (#alouca).

Não se assustem, queridos! Em geral, os austríacos são muito gentis! Ovelha negra tem em qualquer lugar, né não?

Acabei de me lembrar de outra coisa! Vou até colocar em forma de tópicos para ficar mais fácil vocês identificarem:

Quando eles perguntam "Tudo bem?", eles realmente querem saber como está sua vida. Se você perguntar "Wie geht's?" em uma má fase da pessoa, ela vai dizer: "nossa, que bom que você perguntou! Não estou bem não... Cheguei em casa, olhei para o meu dogue alemão e ele estava com uma pena na boca. Logo percebi que ele comeu meu papagaio, cara! Meu papagaio! Ah não... Como ele pôde fazer isso? POR QUÊ? PORRRRRRRRRRRRRR QUEEEEEEEEEÊ?". Bem diferente do Brasil, onde nosso "oi" já vem com um "tudo bem?" no pacote e a resposta é sempre: "tudo bem!";

Em restaurante, o garçom vai te perguntar como está a comida. Ele espera mesmo que você diga se está muito salgada, sem gosto, passou do ponto ou se está boa. Meu amigo alemão, fala sempre o que ele acha e é algo normal por aqui. Eles falam bem tranquilos "olha, ficou muito salgado, ficou isso e aquilo". Para eles, falar a verdade vai ajudar o restaurante a crescer. Se falar que estava bom, sendo que não estava, eles nunca vão saber onde está a falha deles. Achei o argumento válido, por isso quando eu falo a verdade (aconteceu só uma vez), eu fiz questão de elogiar alguma coisa. Ex: o macarrão estava duro, mas o molho estava muito saboroso!

Se alguém já tiver passado por alguma situação e ficou sem saber o que fazer (se é educado ou não) e eu não coloquei aqui, é só mandar um e-mail que eu acrescento a resposta neste post, ok?

Beijos e bom final de semana, queridos!

P.S.: e a nota musical marcando os tópicos? A cara de Viena! :D

P.S.2: o taxista está quaaase parando de reclamar. Aguenta aí mais uns 3 minutinhos!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cheguei, minha gente! Agora vou quietar em Viena porque, né? Nem escrevi sobre a Croácia ainda e já viajei de novo. Armaria! Eu sei que falando assim pareço ser alguém "reclamando" de barriga cheia, mas juro para vocês que o cansaço é diretamente proporcional à felicidade que eu tive com essas últimas viagens. Primeiro fui para Brasília, revi meus parentes e amigos, depois fui para Orlando levar minha priminha de 6 anos para conhecer as princesas, voltei para Brasília, fiquei mais uma semana e já embarquei de volta para Viena. Cheguei aqui só o quimba na segunda à tarde! Pode deixar que vou contar tudo para vocês nas próximas publicações, ok?

Mudando um pouco de assunto, eu estava enjoada de facebook. Entrava só pelo celular e quando eu estava em fila ou aguardando alguma coisa, mas gente... Estou viciada e por apenas um motivo: as manifestações pelo Brasil afora. Cada vídeo que vejo é uma lágrima que cai. Que coisa mais linda do mundo! Pena que eu não estava mais em Brasília quando teve o #vaipararua, aí os brasileiros lindos de Viena pediram autorização à polícia austríaca para também participarmos das manifestaçõs. É a minha vez de ir para a rua! Quem estiver por aqui, o protesto está marcado para quinta-feira (amanhã) às 17 horas em frente à Ópera. Nos encontramos lá! Estou com um sentimento muito gostoso de que algo será mudado no nosso país. E não venham dizer que é utópico. Afinal, O GIGANTE ACORDOU!

É engraçado pensar que quem conhece alguém que mora fora, já pensa que a pessoa é rica. Posso falar a verdade? Vocês que moram no Brasil que são ricos! Se duvidar, ganham até mais que a gente. Tudo é caro! Fiquei chocada! A diferença é que vocês são diaria e constantemente assaltados e por aqui os políticos são menos cara de pau. Como eu já disse antes, eu acredito que essas manifestações vão mudar o Brasil!

Finalizo o post com um vídeo que faz cair cisco no meu olho toda vez que o assisto:




Lindo, lindo, lindo!

Beijos, queridos!

P.S.: Joyce e Marcelo, obrigada por terem curtido a página do Scho Schee no facebook! :D

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Amores, pelo desculpas a vocês, mas não consegui escrever post para amanhã por motivos de:

To na Disney!!

Volto dia 8 para o Brasil e prometo me redimir dessa semana sem post, viu?

Mil beijos,
Letícia

PS: Reila e Samantha, muito obrigada por terem curtido a página do Scho Schee no Facebook!! :))