quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pois é. É assim que falamos sobre o Hitler. Nenhum alemão esconde o que passou, mas isso não significa que eles queiram falar ou se lembrar sobre. Definitivamente, este não é um assunto que vai te fazer ser muito querido por aqui. Ninguém nunca me falou nada sobre a época, com exceção de uma senhora super simpática que conheci no trem a caminho de Munique. Eu acompanhava meus pais até o aeroporto e o trem estava em plena terça, por volta das 15 horas, estranhamente lotado. Entraram duas senhoras, faltando uma hora e meia para chegar em Munique e ninguém cedeu o lugar para elas. Eu e meu pai nos levantamos e pedimos para que elas se sentassem. Foi assim que começamos a conversar. Ela perguntou de onde eu era e respondi que era brasileira, mas morava em Ainring. Ela me olhou de um jeito estranho, como quem não tivesse acreditando ou não tivesse entendido e eu falei mais uma vez - até porque já estou acostumada em falar mais de uma vez a cidade que eu moro porque ninguém conhece (talvez por ser a penúltima cidade antes da Áustria e, portanto, a última se torna mais conhecida). Para minha surpresa, era a primeira opção: ela não estava acreditando porque ela também morou aqui quando criança e ficou abismada pela coincidência de conhecer alguém que mora na "cidade desconhecida". Durante a conversa, esta senhora me disse que a aldeia ao lado da nossa (10 minutos a pé) costumava ser o aeroporto do Hitler. Como vocês sabem, ele era austríaco e eu moro na divisa com a Áustria, então aqui é possível ver alguns lugares (abertos para turistas) que o bonitão(NOT) frequentava/gostava/utilizava.

Sempre penso no quanto me assusta o nível de maldade que o ser humano é capaz de atingir, mas a Segunda Guerra Mundial me fascina ao mesmo tempo que me aterroriza. Difícil explicar, mas tudo começou na minha infância/adolescência quando li o livro "O diário de Anne Frank". Quando fui visitar o esconderijo dela e da família em Amsterdam, fiquei apavorada e super emocionada. Bom, se tiver alguém que ainda não leu este livro, por favor, comece e quando terminar, vá até a Holanda e conheça tudo de perto. Vale muito a pena! Depois fui a um campo de concentração em Berlim e me emocionei de novo. Ai, gente. Para eu não perder o foco, vou voltar à minha região e deixar meu paradoxo pra um outro post, ok?

Pois bem, aqui tem mais pontos turísticos relacionados ao próprio Hitler do que às vítimas ou a guerra em si (não que um possa ser separado do outro, mas enfim), como, por exemplo, o Eagle Nest. Em alemão se chama Kehlsteinhaus e fica em Berchtesgaden. Esta casa foi construída como presente do partido nazista pelos 50 anos do Hitler. Gente, a casa fica no topo da montanha e o elevador para chegar até a casa é por dentro da montanha. Tem construção mais fabulosa? A vista lá de cima (e no caminho) é simplesmente maravilhosa.

Algumas fotos:


Vista de cima:


No caminho:


Também no caminho:


Eu turistando lá em cima:


A partir de agora, tentarei fazer o seguinte: o primeiro post da semana será sempre sobre o lugar que eu tenha ido no final de semana (e nos finais de semana em que eu ficar em casa, eu posto sobre algum lugar interessante que eu já tenha ido).



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Um comentário até agora

  1. Anônimo diz:

    Tô só imaginando o quão fabuloso deve ser aí! Muito lindo! E eu nunca li o livro. Não me mate. O bom é que eu estou louca atrás de um livro e essa é uma boa opção! ^^ (rafa)

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